Palavra de Deus para todas as Nações

sábado, 25 de junho de 2011

A Armadura de Deus





"De resto, irmãos, fortalecei-vos no Senhor e no poder da sua virtude. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio, porque nós não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares. Portanto, tomai a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e ficar de pé depois de ter vencido tudo. Estai, pois, firmes, tendo cingido os vossos rins com a verdade, vestindo a couraça da justiça, e tendo os pés calçados para ir anunciar o Evangelho da paz; sobretudo embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do maligno; tomai também o elmo da salvação e a espada do espírito (que é a palavra de Deus), orando continuamente em espírito, com toda a sorte de orações e de súplicas, e vigiando nisto mesmo com toda a perseverança, rogando por todos os santos e por mim, para que me seja dado abrir a minha boca e pregar com liberdade o ministério do Evangelho, do qual eu, mesmo com as algemas, sou embaixador, e para que eu fale corajosamente dele, como devo."


A nossa vida toda é uma luta incessante contra as tentações que vêm de todos os lados. Essas tentações nascem em nós freqüentemente sem um motivo externo aparente ou provem às vezes de pessoas ou circunstâncias externas. No entanto, cada um deve saber que o maior perigo que nos ameaça vem exatamente dos demônios. O satã e os espíritos decaídos não são produtos de fantasia supersticiosa, mas são seres reais apesar de serem invisíveis. Eles direcionam conscientemente e segundo um plano todas as suas atividades, artimanhas e experiência de milhares de anos, a fim de estimular paixões nas pessoas e as empurrarem para todo o tipo de transgressão. A maioria dos homens, pela sua ingenuidade, são inclinados a ver os seus concorrentes e seus desafetos como inimigos e não levam em consideração a presença dos espíritos malignos. Na realidade, como explica o apóstolo, a nossa luta não deve ser dirigida contra a carne e o sangue, ou seja, ela não deve ser contra os homens que se encontram em perigo como nós, mas ela deve ser contra esses espíritos do mal. Nós não gostamos de sofrer perdas materiais, porém, esse não é o maior perigo, o verdadeiro perigo é perdermos o Reino de Deus e a vida eterna, isso é o que devemos temer, pois essa perda será uma tragédia irreparável.



Paulo denomina os espíritos malignos de "dominadores deste mundo," não por eles terem o poder sobre o mundo, mas por eles comandarem a parte da humanidade que permanece no mal. Na realidade, os ateus, as pessoas libertinas e os pecadores persistentes fazem de uma certa forma, mesmo que inconscientemente, a vontade dos demônios. Esses espíritos usam essas pessoas e através delas tentam influenciar as atividades sociais e políticas. A expressão "pelos ares" significa que os espíritos malignos constantemente permanecem entre o céu e a terra. Eles nos rodeiam por todos os lados, assim como uma nuvem de mosquitos perturbadores que ficam procurando um lugar desprotegido para picar.

O apóstolo pede a todos para tomar a armadura de Deus para nos defendermos deles, isto é, utilizarmos todos os meios espirituais que Ele nos deu através do cristianismo. Essa armadura é indispensável para nós resistirmos aos espíritos malignos nos dias maus, isto é, nos minutos decisivos de nossa vida, como por exemplo, nos momentos das provações pesadas e na hora da morte. De acordo com diversos relatos da vida dos santos, no momento que a alma sai do corpo e durante a sua viagem ao Céu os espíritos decaídos fazem uma última e desesperada tentativa para destruí-la.

Esse ensinamento de Paulo inspira-nos a ver-nos como soldados de Cristo. Os espíritos malignos tentarão atacar-nos com diversas tentações até o fim de nossas vidas a fim de nos destruírem, pois queiramos ou não, estamos no centro de um combate desesperado com eles.
O apóstolo Paulo não explica detalhadamente o que ele subentende por diversos objetos de uso militar, mas a idéia geral é clara, as nossas armas contra os demônios são: a fé firme e sincera (o escudo), a orientação pela palavra de Deus (as Sagradas Escrituras como espada do espírito), o amor à verdade, o esforço na vida cristã (a couraça da justiça) e a disposição para a divulgação do ensinamento do Evangelho (a anunciação da paz).

Maiores detalhes sobre essas virtudes cristãs podem ser vistos no Sermão da Montanha do Salvador (Mt 5-7). Dessa maneira, o modo de vida cristã correto é a melhor defesa contra os espíritos decaídos, por outro lado, eles têm livre acesso às pessoas que se encontram longe de Cristo, influenciando-as em seus pensamentos e sentimentos, provocando nelas paixões e as empurrando para todo o tipo de maldade. O pior de tudo é que o infeliz pecador nem desconfia da tremenda desgraça, na qual ele se encontra.


http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/ephesians_p.htm

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